O que é mediunidade – Todos são médiuns? – Tipos de mediunidade





O que é mediunidade – Todos são médiuns? – Tipos de mediunidade


A mediunidade é faculdade inerente ao ser humano, portanto, desde os primórdios dos tempos, ela existe.

Não é apenas a habilidade de manter contato com espíritos, é também uma forma de manter contato com outras realidades diferentes das que estamos habituados.

O médium é o “meio”, o que intermedia a comunicação de natureza variada.

Allan Kardec tornou conhecida a palavra mediunidade.

A prática mais antiga de mediunidade é o Xamanismo.

A manifestação mediúnica remonta a remotos tempos, com os antigos Xamãs que também eram magos.

 No Xamanismo o transe, o ritual, as visões e a busca por respostas às mais comuns perguntas sobre a vida são formas de trabalhar a mediunidade.

Todos os seres humanos são médiuns, porém, nem todos são médiuns de incorporação, mesmo porque existem vários tipos de mediunidade, mas todos, em maior ou menor grau, são médiuns.

Em todos os tipos de mediunidade é de fundamental importância o autoconhecimento, o estudo e o bom e correto uso da faculdade que se é portador, para tanto, é preciso tempo, paciência, perseverança e humildade.

São vários os tipos de mediunidade, abaixo seguem alguns exemplos:

O que é a clarividência?
 É a capacidade de ver o mundo espiritual, de ver os espíritos.
A responsável por isso é a glândula pineal, chamada de “terceiro olho”, é uma glândula que se concentra bem no centro da testa, a estrutura dessa glândula é como se fosse a estrutura de um olho. Ela se chama pineal porque ela tem a forma de uma pinha. A sua constituição física é formada de pequenos cristais.

O que é vidência?
A vidência são imagens que se formam na mente da pessoa, diferente da clarividência que é a glândula pineal, terceiro olho, vendo o mundo espiritual.
Essas imagens se formam como uma tela mental, isso é vidência.
A premonição está inserida nessa categoria de mediunidade.
A vidência também está relacionada à “psicometria”, que é a capacidade de pegar um objeto que pertenceu a alguém ou que esteve em algum lugar e fazer uma leitura do que foi que aconteceu com aquele objeto.
Nos Estados Unidos a psicometria é muito utilizada, existem casos que aparecem em filmes de situações em que a polícia recorre a alguns médiuns de psicometria, levam esses médiuns, por exemplo, ao local onde houve um crime e ali o médium tem condições de saber o que aconteceu naquele local, isso é psicometria.

O que é clariaudiência?
A “clariaudiência” é a capacidade de ouvir os espíritos.

O que é clariolfativo?
Clariolfativo é o individuo que tem a capacidade de sentir odores.
Clariolfativo é aquele que pode sentir, pela faculdade mediúnica, os cheiros do ambiente ou os aromas que as entidades espirituais exalam.

O que é psicografia?
A psicografia é a escrita mediúnica e existem vários tipos ou formas de manifestar a psicografia.
A maioria dos médiuns de psicografia recebe, das entidades espirituais, um fluxo de informações, essas informações passam pela mente do médium e ele vai escrevendo muitas vezes com as suas palavras. O que é diferente da psicografia mecânica, praticamente uma psicografia de efeito físico, que é o tipo de psicografia que Chico Xavier tinha, no qual a entidade desincorporada psicografava com a sua própria caligrafia isso é muito raro.

O que é pictografia?
Pictografia é a pintura mediúnica.
Nessa categoria, quase todos os médiuns são de efeito físico, ou seja, a entidade espiritual guia as mãos do médium sem que o mesmo interfira.
Existem médiuns que pintam através da clarividência, porém é uma pintura diferente da pictografada.

O que é telecinesia?
Telecinesia é a capacidade de mover coisas, de movimentar coisas, estourar uma lâmpada, por exemplo, de fazer um banco se mexer, de fazer uma porta fechar essa é uma capacidade chamada “telecinesia”.
A mediunidade de efeito físico é uma forma de telecinesia, como no filme “Poltergeist”, por exemplo.

Leitura recomendada sobre mediunidade:

“O Livro dos Médiuns” Allan Kardec
Série “Nosso Lar” de Chico Xavier
“Nos domínios da Mediunidade” de Chico Xavier
“Mecanismos da Mediunidade” de Chico Xavier
“Mediunismo” de Ramatís

 A inspiração é uma forma de mediunidade também.

É diferente da irradiação, quando um médium está, por exemplo, dando uma palestra ou conversando com alguém ele fica irradiado. Ele não está incorporado, mas ele está irradiado, ou seja, irradiado é: não apenas você ter uma inspiração, não apenas ter uma intuição, mas você ficar tomado de uma energia, de uma vibração. Você fica irradiado, envolvido por aquela energia e com essa energia você também sente a mensagem, os pensamentos, a comunicação de um mentor espiritual e dizemos que a pessoa está “irradiada”.

A irradiação é a comunicação com os Mestres Ascensionados, por exemplo.

O desdobramento astral também é faculdade mediúnica, ou seja, todos nós a noite quando dormimos, fazemos um desdobramento astral. O que isso quer dizer? Que o espírito sai do corpo e que consiste dessa saída o desdobramento ou a viagem astral.

Quando dormimos é comum nosso deslocamento até lugares onde acontecem palestras, por exemplo, ou ir de encontro a pessoas conhecidas, parentes desencarnados e quando acordamos temos a sensação de que sonhamos.

O desdobramento astral se diferencia do sonho pela nitidez com a qual nos lembramos dos detalhes ocorridos. O sonho normalmente é fruto de nossas preocupações, do nosso cotidiano e o desdobramento é totalmente diferente por trazer encontros e situações antes não imaginadas ou vividas.

O desdobramento é amplamente utilizado pelos guias espirituais a fim de nos auxiliarem no aprendizado. Recordar, ou não, consiste na capacidade de registro cerebral de cada um. Algumas pessoas conseguem registrar com mais facilidade esses encontros e outras não por questões meramente orgânicas ou então por necessidade, mesmo porque, às vezes, não devemos nos recordar de tudo e sim armazenar em nossa memória espiritual.

Todos os templos, terreiros, casas, tendas, tem uma parte física, material e outra astral, como fosse uma cópia. A maioria dos médiuns, e até mesmo frequentadores desses locais, durante o sono, são desdobrados pelas entidades a fim de seguir trabalhando do lado de lá. O trabalho não cessa e quanto mais ativo o médium, ou ostensivo, mais trabalho durante e fora da vigília.

Uma curiosidade sobre o desdobramento astral é a sensação, mais ou menos comum para todas as pessoas, de estar caindo, ou seja, acordar abruptamente, significa que estávamos trabalhando do lado de lá e tivemos de voltar ao corpo físico com rapidez por alguma razão.

Existe ainda a sensação de paralisia ao acordar, é aquela sensação de estar acordado e não conseguir movimentar o corpo, tal sensação também é atribuída ao desdobramento astral.

O que acontece, nesses casos de sensação de paralisia, dizem os estudiosos do assunto, fica por conta de o corpo astral não ter se “encaixado” corretamente ao corpo físico, causando essa sensação. Aconselham às pessoas que sentem tal incomodo a dormir novamente a fim de despertarem livres da sensação.

Outro tipo pouco comum de mediunidade é a materialização.

Alguns médiuns conseguem materializar objetos e outros, através de seu ectoplasma, espíritos.

No Brasil um médium chamado Peixotinho materializou alguns espíritos. Existe um livro sobre esse tipo de mediunidade chamado “Dossiê Peixotinho”.

Outro livro sobre o assunto é “O Mundo da Ilusão”.

A faculdade de materialização é impressionante. Alguns médiuns conseguem materializar os espíritos de tal forma que é possível até mesmo abraçá-los, sentir sua presença e toque.

Outros, ao materializarem objetos, são capazes de trazer para o local onde se encontram materiais usados em magia negra, por exemplo, contra a pessoa que ali, com o médium, tenha ido se consultar.

Uma vez transportados esses objetos, automaticamente são desmagnetizados. Essa é a materialização com transporte, ou seja, o objeto se desmaterializa no local de origem e se materializa diante do médium que possui esse dom.

A mediunidade é bastante diversa e dons comuns e outros nem tanto, fazem parte da constituição humana.

Outra modalidade mediúnica é a de desdobramento mental, diferente do astral, o desdobramento mental conserva o corpo e o espírito alinhados e só a mente se projeta. Esse desdobramento é comum nas reuniões de Apometria.

A mediunidade sensitiva é comum, porém, existem médiuns sensitivos capazes de descrever uma entidade tão somente por sua alta sensibilidade.

Todas as pessoas, em algum grau e modalidade, portanto, são médiuns.

A telepatia, quando fruto da inspiração em contato com o plano espiritual é mediúnica. Ao contrário é a telepatia de encarnado para encarnado, considerada fenômeno metafísico.

O hipnotismo também não é fenômeno mediúnico e sim aplicação de técnica especifica.

O benzimento também não é fenômeno mediúnico e sim técnica. Essa técnica, normalmente, é transmitida ao outro de geração a geração.

Hoje em dia existem cursos que ensinam as técnicas de benzimento.
Apesar de o benzimento ser técnica, não quer dizer que o benzedor não seja médium. A maioria dos benzedores são médiuns inspirados por entidades espirituais que os auxiliam nos procedimentos.

Psicofonia é a fala mediúnica, apenas fala mediúnica. É praticamente uma canalização.

Podemos classificar os dons mediúnicos racionalmente, porém nunca seremos capazes de abranger todas as faculdades mediúnicas.

O que nos foi permitido descortinar, até o momento, provavelmente ainda é muito pouco e, talvez, o outro tanto, ainda não nos é permitido, ou conveniente, conhecer.

A mediunidade na Umbanda é potencializada pelos recursos que utiliza, como pontos riscados, som, ervas, magia. Umbanda não é apenas mediunidade.

A Umbanda é uma religião que tem uma ritualística forte e riquíssima, nela, a mediunidade de incorporação é a mais comum.

Anna Pon

(Texto baseado no Curso de Teologia de Umbanda Sagrada – Desenvolvido por Rubens Saraceni – Ministrado por Alexandre Cumino)


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