Pai, mestre, sacerdote: O que eles deveriam dizer... e não me disseram logo no começo por Marcos Barbosa
Pai, mestre, sacerdote: O que eles deveriam dizer... e
não me disseram logo no começo
por Marcos Barbosa
Não teve médico que me currasse.
Passei por muitos deles, sendo que vários e diferentes foram os
exames, tratamento e diagnósticos: depressão, labirintite, problemas de visão etc., tudo em vão.
As dores de cabeça e labirintite faziam parte do meu dia a dia, e nenhum tratamento foi capaz de
me curar.
Certo dia, minha irmã comentou o meu problema e os meus sintomas para uma amiga, e falou que
nenhum médico tinha sido capaz de dar uma solução ou achar a causa do problema. A amiga ouviu com
atenção e, sem pestanejar, fez o seguinte comentário: talvez o seu irmão não tenha um problema
físico-patológico, e sim um problema de ordem espiritual.
Minha irmã pensando no “diagnóstico” da amiga veio ao meu encontro falar da conversa,
entretanto, salientou que sua amiga frequentava há alguns anos um terreiro de Umbanda.
Ouvi com
atenção, um tanto quanto cético e desconfiado, pois como um bom agnóstico não poderia ser diferente,
e no mais, até aquele momento quando se falava em terreiro eu imaginava que era “macumba”,
tamanha era a minha ignorância no assunto.
Ao final da conversa não pensei sequer em ouvir a amiga de minha irmã e dei por encerrada
aquela loucura.
Porém, as dores e os sintomas persistiram. A cabeça doía e a labirintite já estava descontrolada e
nada dos médicos conseguirem um tratamento eficaz.
Desgostoso das não soluções médicas e em desespero pelo quadro que eu enfrentava, acabei por
ligar para minha irmã para pedir que ela viesse me encontrar e, se possível, que trouxesse sua amiga
também.
A conversa foi rápida e objetiva e na semana seguinte eu, um agnóstico convicto, estaria indo a
um terreiro de “macumba” em busca de soluções para meus problemas.
Na sequência, antes da minha ida ao terreiro, minha irmã me disse que eu seria atendido pelo Pai
fulano de tal. Pai? Perguntei! Já tenho um e é nosso pai, que está sempre disposto a nos ajudar e a nos
receber em qualquer hora, dia e lugar... Mais uma vez fiquei “encucado” com essa estória de pai.
Na semana do atendimento, a amiga de minha irmã me ligou e disse que eu seria atendido pelo
mestre fulano de tal. Mestre? Ora que audácia, pois este título não se dá assim a torto e a direito e no
mais os verdadeiros mestres sempre rechaçaram esta designação... mas... fui então ao encontro do tal
Pai, digo, Mestre, e fiquei à espera do atendimento.
Quando fui atendido me deram a seguinte explicação, aliás, sem explicação, me disseram: você
precisa vestir o branco e desenvolver sua mediunidade.
Não entendi “patavina” do que me foi dito, no entanto, se isso resolvesse os meus problemas de
saúde, eu estava disposto a qualquer coisa para me curar.
Resolvi então “vestir o branco e desenvolver minha mediunidade” seja lá o que isso queria dizer.
Passado algum tempo, nada tinham me dito da tal espiritualidade. O que era a mediunidade?
Como ocorreria o meu desenvolvimento? Aonde eu encontraria explicações para tudo isso? Etc. etc.
etc...
Nada me disseram, apenas me cobraram uma quantia em dinheiro, a título de mensalidade, e me
informaram que eu também iria limpar o terreiro (o chão, os banheiros etc.). Acatei, pois vi melhoras
no meu quadro de saúde e achei que esse era o pagamento pela cura que eu havia recebido, mas fiquei
inconformado com a falta de explicações.
Passado um tempo, fui-me embora, fui procurar conhecimento em outros lugares, pois esperei por
muito tempo daquele pai, mestre e/ou sacerdote, explicações claras de tudo aquilo, mas a falta de
respostas me afastou daquilo que poderia ser uma bênção de conhecimentos sobre a divina Umbanda,
seus Orixás e Guias, sobre as linhas de trabalho, sobre a honra e gratidão que eu deveria ter ao limpar o
chão onde esses divinos Orixás pisam e sobre a minha missão dentro da Umbanda.
Hoje eu questiono se os dirigentes, mestres, pais e sacerdotes têm noção da responsabilidade que
eles têm nas mãos, de prepararem seus médiuns na ética e na moral da Umbanda.
Será que isso aconteceu somente comigo? Ou outros irmãos também abandonaram a Umbanda por
falta de esclarecimentos...
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