A interpretação das Sete Linhas de Umbanda
A interpretação das Sete Linhas de Umbanda
Por Rubens Saraceni
As sete linhas são as sete irradiações divinas emitidas pelo divino Criador Olorum, que é Deus, e formam
sete “eixos” divinos sustentadores de toda a sua criação divina.
Esses sete eixos já foram descritos com vários nomes simbólicos, tais como:
• As sete colunas sustentadoras da criação.
• Os sete pilares sustentadores do mundo.
• Os sete raios divinos.
• Os sete cajados sagrados.
• As sete lanças protetoras divinas.
• As sete flechas direcionadoras da criação.
• As sete linhas de evolução.
• Os sete caminhos sagrados etc.
A verdade, e isso é o que importa, é que as Sete Linhas da Umbanda começam em Deus e chegam até nós
aqui na terra, penetrando em nosso mental, com uma delas entrando verticalmente bem no centro do nosso
chacra coronal criando um eixo denominado “eixo do nosso equilíbrio”.
Sem esse eixo para nos equilibrar não conseguiríamos nos manter de pé, na posição vertical.
As outras seis irradiações entram em nosso chacra coronal com cada uma em uma posição ao redor dele e
criando uma roda raiada com um eixo central que nos faculta movimentarmo-nos para a direção que quisermos
sem perder o equilíbrio, com cada um deles exercendo suas funções energizadoras das nossas faculdades
mentais e dos nossos sete sentidos.
Em dado momento é um desses eixos que envia-nos uma carga mais intensa de energia viva e divina e em
outro momento é outro desses sete eixos.
Em nós, esses sete eixos ou essas sete linhas são tão importantes e imprescindíveis, que se um deles
atrofiar-se ou torcer-se ou ter seu calibre reduzido, nos ressentimos da sua alimentação energética e entramos
em desequilíbrio mental, fato esse que afeta algumas das nossas faculdades mentais e desvirtua algum dos
nossos sentidos, fato esse que afeta nossa percepção, nossa sensibilidade, nossas emoções, nosso humor, nossa
razão, nosso caráter, nossa fé, nosso senso, etc.
As sete linhas são bi-polizadoras e, graficamente, colocamos na ponta de cada uma um Orixá, que em si
uma manifestação e uma fateriorização do Divino Criador Olorum, que é Deus.
Cada Orixá é em si uma exteriorização do Divino Criador Olorum e é em si um mistério divino do tamanho
da criação. Sendo que tudo e todos depois Dele estão dentro dos seus campos vibratórios mentais, sendo
influenciados o tempo todo, hora por um desses campos, hora por outro e noutra hora por vários deles ao
mesmo tempo, tudo dependendo de nossas ações mentais.
Mas, além da importância para nosso equilíbrio e bem estar as Sete Linhas de Umbanda ou as Sete
Irradiações Divinas participam dos processos criacionistas de Deus estabelecendo os eixos cristalográficos que
regulam o crescimento dos minerais formadores da “matéria”.
Em outro campo atuam de outras formas, dando sustentação à formação de outros “materiais” e
mesmo de coisas imateriais, tais como a fé, o amor, etc.
Por isso tanto podemos nomear as sete linhas pelos elementos formadores da natureza terrestre e que
são materiais ou pelos sentidos, que são imateriais.
Nos elementos temos essa nomenclatura:
• Linha Cristalina (ou cristais)
• Linha Mineral (ou minérios)
• Linha Vegetal (ou vegetais)
• Linha Ígnea (o fogo)
• Linha Eólica (o ar)
• Linha Telúrica (a terra)
• Linha Aquática (a água)
Nos sentidos, que são imateriais, temos essa nomenclatura:
• Linha da fé e da religiosidade
• Linha do amor e da renovação
• Linha do conhecimento e do aprendizado
• Linha do equilíbrio e da razão
• Linha da lei e do caráter
• Linha da evolução e do saber
• Linha da geração e da criatividade.
As Sete Linhas de Umbanda são pontificados em seus quatorze polos regentes por quatorze Orixás e, que
são esses:
• Linha da fé Oxalá e Logunan
• Linha do amor Oxum e Oxumaré
• Linha do conhecimento Oxóssi e Obá
• Linha da justiça Xangô e Egunitá
• Linha da lei Ogum e Iansã
• Linha da evolução Obaluaê e Nanã Boroquê
• Linha da geração Iemanjá e Omulu
• Oxalá é a fé e Logunan é o fervor religioso.
• Oxum é a concepção e Oxumaré é a renovação da vida.
• Oxóssi é o conhecimento e Obá é o aprendizado.
• Xangô é a razão e Egunitá é a condensadora dos estados de consciência.
• Ogum é Lei e Iansã as direções a serem seguidas pelos seres.
• Obaluaê é a evolução transmutadora e Nanã é o saber adquirido.
• Yemanjá é a geração da vida e Omulu é o seu estabilizador.
Nos fatores, temos isso:
• Oxalá é magnetizador
• Logunan é condutora
• Oxum é agregadora
• Oxumaré é renovador
• Oxóssi é expansor
• Obá é concentradora
• Xangô é graduador
• Egunitá é energizadora
• Ogum é ordenador
• Iansã é direcionadora
• Obaluaê é transmutador
• Nanã é amadurecedora
• Yemanjá é geradora
• Omulu é estabilizador.
Nas cores temos essa classificação:
• A cor de Oxalá é branca
• A cor de Logunan é o azul escuro
• A cor de Oxum é o rosa
• A cor de Oxumaré é o azul turquesa
• A cor de Oxóssi é o verde
• A cor de Obá é magenta
• A cor de Ogum é o azul escuro
• A cor de Iansã é o amarelo
• A cor de Xangô é o vermelho
• A cor de Egunitá é laranja
• A cor de Obaluaê é o violeta
• A cor de Nanã Boroquê é o lilás
• A cor de Iemanjá é o azul claro
• A cor de Omulu é o roxo.
Também temos essa outra classificação:
• Oxalá é o espaço e Logunan é tempo
• Oxum é a concepção e Oxumaré é o renascimento
• Oxóssi é a criatividade e Obá é a racionalidade
• Xangô é a temperatura e Egunitá é a energia
• Ogum é encaminhador e Iansã é a direcionadora
• Obaluaê é a passagem e Nanã é o abrigo
• Iemanjá é a natividade e Omulu é a morte.
São tantas as possibilidades de nomeação e classificação das Sete Linhas de Umbanda que é melhor
pararmos por aqui.
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