Reflexões sobre a COVID-19 (Mestre Indiano Shàa)
Reflexões sobre a COVID-19 (Mestre Indiano Shàa)
Há tempos a humanidade vem se arrastando em ondas de ilusório progresso.
Insensível, provoca guerras que geram dor e sofrimento, doenças da alma acompanham a lista de atitudes indiferentes, sombrias, regendo mentes orgulhosas que não se dão conta serem meros fantoches nas mãos do mal.
Muitas calamidades até aqui, 09.04.2020. Muitas mortes provocadas pela insanidade de alguns que visam o lucro sem se importar com o valor humano, mas, tudo o que se faz tem uma resposta, toda insanidade, doença oculta de almas que em grupo, engendram ataques cada vez mais "poderosos" na disputa de poder; poder oculto que das sombras vigia, instiga, comanda até que ataca, tem seu freio, sua hora de parar.
As atitudes insanas estão recebendo a resposta, foram muitas até aqui. Várias chances de retomar o caminho para o bem comum foram concedidas, porém, ignoradas e o resultado é isso que se vive hoje a nível mundial: Pandemia.
Um vírus que não seleciona pobres, ou menos favorecidos de toda ordem; que não escolhe nação; que a nenhum povo privilegia, que tem a ousadia de invadir os castelos, de perturbar os "poderosos", que vem matando tal qual uma guerra, mas, a diferença, é que a guerra é fruto da maldade, da ganância, do orgulho e da vaidade que o vírus derruba em questão de dias.
Tantos seres humanos ultrajados em seus direitos essenciais vagam pelo mundo que lhes dá as costas, que os empurra para campos apinhados sem nenhuma dignidade e, o mesmo vírus que a todos ameaça, para eles é mais um motivo de medo, exposição.
Nada fica sem resposta. Toda a dor que se causa, um dia volta para fazer sua cobrança.
Todo o mal causado à natureza, ao ser humano, todas as ações que privilegiam uns, em detrimento de outros, um dia voltam ao seu causador. Essa volta pode acontecer de muitas formas, mas, nesse momento, é um grande recado do Criador.
O poder humano é mera ilusão. Não há progresso nem evolução no mundo se não houver união e colaboração.
Nenhum ser humano, nação, raça, religião é melhor que outra.
Que o véu caia e que os olhos, enfim, vejam: Não há poder maior que aquele de Deus.
Não existe primeiro, segundo ou terceiro mundo; existimos no planeta que nos foi confiado por Deus para que, em conjunto, se dê a evolução individual e coletiva, porém, como a coletiva esteve muito tempo esquecida, eis que Ele nos vem lembrar que somos iguais; exatamente iguais a todos e que o progresso do mundo depende de cada um de nós em conjunto e solidariedade.
Enquanto houver fome, desprezo pelo semelhante, ganância que explora o trabalho das mais diversas formas, preconceito, derramamento de sangue inocente, assassinatos pela cegueira que o ciúme causa, banalização da vida e dos valores aqui deixados pelo Mestre Jesus, que trouxe a mais pura mensagem de fé, indicando o caminho de volta ao Pai, haverá resposta e, talvez, a resposta seja cada vez mais dura, na exata proporção da não observância das Leis que regem e regulam o Universo e todas as formas de vida nele inseridas.
Muitos se queixam da necessidade de isolamento social sem sequer pensar que tal isolamento já vinha acontecendo de uma maneira sutil, velada, mascarada de avanço tecnológico que separou o ser humano do convívio diário com suas famílias e com a natureza, na qual, o ser humano está inserido, pois é parte dela. Nada existe sem o ar, a água, a terra que alimenta, nada existe sem que a natureza esteja em equilíbrio, cada um desempenhando seu papel para a manutenção da vida de todos.
Acontece que negligenciada, agora a natureza responde e busca seu equilíbrio, sua reestruturação para seguir mantendo a vida aqui, no Planeta Azul. Tal resposta parece dura, violenta demais? Não. Acontece na exata proporção da violência que vem, há tempos, sofrendo pela ação do homem que usou mal sua capacidade de pensar e interagir com ela, submetendo-a a inúmeros maus tratos, incendiando suas florestas, explorando veios fecundos de vida apenas pela sede de poder numa demonstração de arrogância sem limites.
O desequilíbrio causado pelo homem violentou seriamente a natureza e agora, esse mesmo homem se vê frágil, impotente, obrigado a selar acordos, alianças, a incentivar a ciência em busca da cura sem imaginar que sua alma é que está doente, que está vivendo uma lição que determinará sua sobrevivência neste planeta muitas vezes chamado de escola onde estagiam almas com vistas à ascensão à melhores e mais evoluídos mundos onde o mal já foi erradicado e onde o bem está sendo consolidado, por outro lado, os que insistem no mal, os que ainda não estão preparados para melhores mundos, fatalmente serão remanejados à locais mais adequados para sua educação.
Sim, até aqui, foram muitas dores, muitas lágrimas, mortes, tormentos, lamentos. Até aqui a natureza deu várias respostas tentando mostrar ao homem que ele faz parte dela, que são irmãos vivendo na mesma casa onde o pai é Deus e que não se pode ferir a um irmão sem que o pai lhe chame a atenção buscando desperta-lo do erro, corrigindo-o e observando se porventura não reincide, em caso positivo, vem a consequência que alguns chamam de castigo, mas, que é tão somente a correção de rumo para que se possa continuar vivendo nesta casa do pai sem ter de se deslocar para outras de suas moradas onde estão os que não conseguem acompanhar a evolução desta chamada Terra.
Sempre é tempo de despertar. Daqui por diante, algumas religiões estarão assumindo a missão do despertar consciencial do ser humano, realinhando valores, essências, em combate frontal à exploração da fé, outro fator que vem violentando as Leis Soberanas que regem o Universo e que estão tendo já, nesse momento, a resposta à toda exploração da fé alheia. Nada mais assustador ao explorador, ver seus cofres diminuírem, seu poder, apregoado, lançado ao escarnio e ao descredito, sendo obrigados a verem outras formas de culto florescerem com base na fé verdadeira e sagrada que não explora nem se envaidece, apenas serve como deve ser, como é a vontade do Pai.
Tanta fé vendida pelos meios que a tecnologia oferece, aos poucos, definhará e o ser humano se dará conta que a fé, quando verdadeira, é simples, inclusiva e colaborativa, nada espera a não ser o privilégio de uma vida em paz e harmonia, onde a consciência, desperta, os une ao todo e vislumbrando, finalmente, que não se vende fé, que tal comercio é fruto da vaidade e da subserviência de alguns, se alinharão, finalmente, com seus propósitos de vida espiritual e material.
A relação com o dinheiro precisa, urgentemente, mudar e esse é um grande momento para refletir, para realinhar valores, buscar essências e menos aparências, alinhar a fé à razão, tirar mascaras porque, afinal, elas de nada servem diante de tão grande ameaça, de tão grande comoção no mundo. Aliás, nesses momentos, tudo o que não é verdadeiro vem a tona, se revela exatamente como é.
Não é fatalidade, nem castigo, é apenas uma oportunidade de acertar o passo, rever conceitos, ir em busca de si mesmos, voltar aos tempos dos cuidados uns com os outros, como o Mestre ensinou, hora de rever os conceitos que se fazem sobre si mesmos, dos papéis que representam em sociedade e em seus núcleos familiares, hora de rever como se ganha e se usa o dinheiro e o quanto ele tem sido, na vida de cada um, o soberano senhor.
Há um grande "freio" puxado nesse momento que objetiva que todos revejam e analisem a si mesmos, sem falsidades, nem meias verdades ou desculpismos, objetiva ainda, impedir que a enorme massa de terapeutas, de última hora, pensem bem sobre o que, em verdade, os move nessa direção, com honestidade, sinceridade de coração, pois, que é chegada a hora de calar os falsos profetas, as falsas promessas de salvação e cura, que tantas almas tem levado a se perderem de si mesmas e nesse ponto voltamos a falar na relação com o dinheiro, com o propósito de vida de cada um que tem se perdido nessa necessidade, tão frequente, de ser quem não se é, de se dedicar a algo, relativamente fácil, com vistas a ganhos altos sem a menor consideração pela pessoa humana que busca, esperançosa, nessas terapias, sua cura ou auto realização. Há quem veio, portanto, para ser terapeuta, bom e responsável, e há quem não, definitivamente, não.
Diferenciar uns dos outros, requer sensibilidade apurada, analise, observação. A maioria que busca, na aplicação destas práticas, somente o dinheiro, ou reconhecimento como sendo alguém especial, normalmente é vaidoso, egocêntrico, faz uma série de cursos rápidos e se crê poderoso, capaz de invadir universos paralelos sem nenhum impedimento, e quer ser bem remunerado por isso, sonha com castelos preparados para orientar pessoas em diversas praticas terapêuticas, quando, na verdade, está perdido em sua vaidade e insensatez.
O momento mexe, portanto, com a vida do ser humano em todos os sentidos, desde os práticos aos espirituais numa onda que tira tudo do lugar como fazemos quando faxinamos nossas casas; remexendo armários, gavetas, jogando fora o que não serve mais, limpando, organizando, valorizando a vida através do asseio e do respeito de uns para com os outros, como sempre deve ser.
E em meio à pandemia, católicos relembram a Paixão de Cristo e se preparam para festejar a Páscoa, datas importantes no calendário da Igreja Católica, que, de qualquer forma, movimentam o comércio em alguns países, porém, desta vez tudo acontecerá diferente, o consumo excessivo dará lugar à moderação, os encontros familiares, muitas vezes realizados pelo simples cumprimento de "protocolo" já não serão os mesmos e as pessoas refletirão sobre a importância do encontro, do abraço, de como é bom partilhar do alimento numa mesa composta de entes queridos verdadeiramente felizes por estarem juntos, reunidos para celebrar o Cristo, mas, principalmente a saúde e a vida, valores esquecidos, perdidos em tempos de correria gananciosa.
Nesta Páscoa, não haverá mortes nas estradas, provocadas por excessos, pois a recomendação é que todos se recolham em seus lares para conter o avanço, avassalador, de um vírus mortal, desconhecido, porém, que faz o homem refletir sobre si mesmo até aqui, refletir sobre tantas questões como suas crenças, valores, sentimentos, sobre como tem tratado seus relacionamentos e a natureza à sua volta e, neste pacote reflexivo, consciências despertam para a questão ambiental, com foco na quantidade de lixo que cada um produz e que vem sufocando a terra, os rios e mares, contaminando pessoas que vivem da reciclagem, um dos trabalhos mais importantes e dignos na atualidade, pois é, o vírus veio remexer tudo. Que sirva de lição.
Em pouco tempo, a natureza já dá sinais de sua gratidão pela pausa provocada no mundo pelo vírus, minúsculo, invisível, inodoro, mas, muito perigoso, que viajou velozmente pelo mundo sem escolher nenhuma classe social, raça, credo, para se instalar e levar tantos à morte e outros, ao leito do hospital, onde trabalhadores, tão frágeis quanto qualquer outro ser humano, os devem socorrer e cuidar, expondo-se ao perigo letal. Nunca houve, porém, tanta demonstração de solidariedade, de valorização da vida e do bem-estar, para alguns, esse momento tem sido aprendizado de muito valor mobilizando o mundo, pois todos vivem o mesmo drama, o mesmo medo e preocupação e todos, sem exceção, terão de se envolver para que tudo passe o mais breve possível, porém, nada será como antes, tudo será diferente, mesmo que para alguns nada faça diferença.
Percebam quanto bem, quantas possibilidades, em meio a tão grande risco, acontecem nesse momento de readequação, quantas mãos estendidas ao menos favorecidos que vivem nas ruas ou na escuridão sombria de vidas mal vividas. Tudo tem seu lado bom e acreditem, essa pausa haverá de colaborar com o verdadeiro progresso da Terra e de seus habitantes em todos os cantos e recantos do mundo, lembrando ao homem que, apesar de algumas diferenças, todos são iguais, portanto, colaborar com a manutenção da vida, nesta casa do Pai, é responsabilidade de todos e que a politica reveja, igualmente, sua ação e dever junto ao povo que não mais haverá de se calar aos mandos e desmandos irresponsáveis de alguns que se creem maiorais e que igualmente estão expostos ao "inimigo" invisível que os vem remover do conforto de suas ilusórias posições de poder tão frágil e pequeno diante do fim.
Deixo a todos votos de reflexão, saúde, harmonia e paz, para que a travessia, desse momento, para outro, seja feita com responsabilidade, muita fé e colaboração,
Shàa
Anna Pon - 10.04.2020
Esse texto não é uma psicografia, é um texto inspirado, via pensamento, entre mim, Anna Pon e o mentor indiano Shàa.
Olá, sou Anna Pon, autora deste blog.
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