Trecho da obra "Maria Baiana e a Umbanda"

 



Maria Baiana e a Umbanda

Nasci Maria da Conceição por devoção de meus pais carnais, que me criaram no Terreiro com muito axé e esmero. Desde o ventre, ouvia os sons da fé de acordes harmônicos que me embalavam, sons que me acompanharam pela vida que tive de deixar por conta de doença estranha ao entrar na fase adulta, antes de desabrochar como mulher.
Meus pais e toda a comunidade sofreram com a minha partida, só eu não, apesar da saudade e de ter “deixado” noivo à beira do altar. Eu não sofri como eles estavam sofrendo. Eu entendi que essa era a minha hora e que não mais poderia me demorar, pois quando voltei para cá, para minha casa verdadeira, é que pude me sentir em paz.
Fui recebida com muita alegria pelos meus que aqui estavam e por algumas entidades que muito eu respeitava como filha de santo e de pais de santo carnais. Ao encontrá-los, a emoção do abraço foi indescritível, eu estava muito feliz por voltar, porém, os que havia deixado sofriam demais.
Foi lindo voltar! Eles me receberam com as flores mais belas e perfumadas, tudo em minha casa era perfumado e lindo! Todos sorriam e se emocionavam ao me dar as boas-vindas e eu retribuía sinceramente e muito feliz!
Porém, o sofrimento de meus pais e de meu noivo, inconformados e angustiados, me chegava à alma em forma de muita dor e tristeza no coração. Ah! Se eles pudessem saber o quanto eu estava feliz e o quanto me sentia livre e em casa, eles não sofreriam tanto e me enviariam sua melhor energia e vibração.
Além do sofrimento deles, que me entristecia, um belo dia comecei a sentir que outras pessoas estavam me chamando, que endereçavam a mim pedidos, como se eu fosse santa. Diante da situação, com a qual eu não fazia ideia de como lidar, pedi ajuda aos mais velhos e líderes da comunidade espiritual da qual agora eu fazia parte. Com todo o carinho eles me explicaram que o fato era natural no meio em que vivi, que aquelas pessoas deixadas na Terra eram pessoas de muita fé e, como eu tivesse desencarnado virgem e tivesse somente feito e espalhado o bem, eles associavam essas características com as das santas. Aconselharam que eu ouvisse os pedidos feitos com muito amor e que eu colocasse em prática as rezas que conhecia, quem sabe assim essas pessoas pudessem receber conforto e amparo dentro de suas necessidades. Porém, deixaram bem claro que a minha intercessão teria limites bem definidos e que as pessoas só receberiam aquilo que fosse da vontade de Deus e de seu merecimento. Diante disso senti alívio e coloquei toda a minha alma na fé. Recitei com todas as minhas forças as rezas há muito assimiladas e nas mãos do Criador depositei o destino de cada pedido.
E assim, amigo leitor, nascia a fé em Maria Baiana, entidade querida que narrou acima uma pequena parte de sua história de amor, devoção e fé. De minha parte, na condição de coautora desta obra, narrarei as passagens que ela, nossa grande amiga, assim determinar.
Vale lembrar ainda que esta história diz respeito a uma das muitas Marias Baianas espalhadas pelo mundo.
Anna Pon
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