O médium depressivo
O médium depressivo
Infelizmente, a depressão é uma doença comum hoje em dia, acomete pessoas de todas as idades.
No caso de médiuns, que estão vivendo o processo depressivo, além de todas as complicações que a doença em si traz, há ainda a fragilidade espiritual à qual fica exposto nesse período, por isso, depressão deve ser tratada terapeuticamente, clinicamente e espiritualmente em conjunto; um cuidado não exclui o outro porque o objetivo é cuidar da pessoa de forma integral.
Por ser mais frágil, por conta da depressão, o médium precisa de uma atenção maior, mais cautelosa por parte de seu dirigente ou pai/mãe espiritual e cada caso é um caso. Alguns médiuns são aconselhados ao afastamento do trabalho mediúnico, somente recebendo passes e aconselhamentos da espiritualidade, ou seja, tratamento, outros são liberados para o trabalho que visa, penso eu, seu equilíbrio energético/espiritual que só os guias sabem como e em qual intensidade deve ser ministrado como ação terapêutica.
No caso de médiuns passistas (aqueles que ministram passes), tenho comigo a opinião que seria melhor se absterem dessa prática até que estejam novamente equilibrados porque médium em tratamento precisa se preservar.
Sei que acontece, algumas vezes, de ser necessária a ação do médium no sentido de ministrar passes, mas acredito que só a espiritualidade pode recomendar tal ação, creio que quanto mais preservado esteja o médium, melhor e mais rápido se dará sua recuperação.
Quando o médium ministra passes na Umbanda, normalmente está incorporado por uma entidade que atua através dele e aplica, em conjunto, o passe no consulente. A qualidade do fluído que o médium emite interfere no resultado dessa terapêutica. Pessoas desregradas, por exemplo, não emitem o mesmo fluído que as que procuram viver de forma mais equilibrada e o mesmo acontece quando não estamos bem de saúde; a qualidade do fluído cai em decorrência disso podendo vir a causar desgaste no médium em recuperação. O ideal é se preservar até que volte a se equilibrar/curar.
Procurar manter uma dieta saudável, ter foco na sua reforma íntima e auto conhecimento, são fatores que ampliam a capacidade do médium, seja ele passista ou não.
Na Umbanda se recomenda o preceito de 24 horas, ou mais, depende do caso e/ou tipo de trabalho, para que o médium se apresente para servir como medianeiro. O preceito visa preparar o médium para o trabalho de intercambio com a espiritualidade, ajusta-o energeticamente para que os fluídos que emitirá, quando estiver ministrando passes ou incorporando, sejam de boa qualidade; uns conseguem mais, outros menos porque cada um vive à sua maneira. Quem se excede na bebida, alimentação ou ingere drogas que alteram sua capacidade de discernir, mesmo respeitando o preceito, terão uma qualidade inferior de fluído/energia que outro que adota um estilo de vida sem excessos.
Já o médium depressivo, durante o processo, sofre de queda energética e isso influencia na qualidade do fluído que está emitindo. Ele precisa de passes/tratamento espiritual e clinico, como já dito acima, e dependendo da medicação que estiver usando, também haverá comprometimento na qualidade do fluído que emitirá, portanto, o recomendado, o ideal, é que faça tratamento completo e retome suas atividades mediúnicas quando estiver de alta, recuperado e essa alta quem pode dar é seu médico e a entidade chefe do terreiro ao qual esteja ligado porque existe a parte espiritual e a clinica, pode coincidir a alta nos dois casos e pode ser que não coincida, por isso é sempre bom consultar a entidade e o médico, além de sua própria consciência.
Pessoas tem o hábito de julgar sempre. Soube de um caso, no qual, uma terapeuta (não sei de qual especialidade), disse a uma médium, em tratamento para a depressão, que ela não deveria trabalhar mediunicamente e muito menos ministrar passes porque não estava em condições de cuidar nem de si mesma.
Em parte, o que a terapeuta disse é verdade, mas seria essa a melhor forma de falar com alguém que está sofrendo de depressão?
A Umbanda nos ensina o acolhimento, a não julgar, a abrir os braços a todos. Quando nos deparamos com um caso desses, no qual a médium, já fragilizada por uma doença complicada, é desestimulada a seguir seu caminho espiritual, nossa reação é de tristeza, de lamentar profundamente pelo mau jeito da pessoa que ao invés de ajudar, complica ainda mais a vida da outra.
Todo o cuidado é pouco quando tratamos com os outros e para nós, médiuns Umbandistas, esse cuidado deve ser ainda maior. Não somos santos, não estamos prontos para a iluminação, estamos cientes e conscientes que temos um longo caminho pela frente rumo à evolução, mas algumas atitudes devemos tomar por básicas: respeito, fraternidade, empatia são algumas delas porque ser Umbandista significa muito, é uma forma de vida que vai além das paredes do terreiro porque vivemos a Umbanda no dia a dia, nos nossos relacionamentos e no modo como interagimos com a natureza.
Se não podemos ajudar alguém, que ao menos nos possamos abster de piorar a situação da pessoa. Se não temos uma boa palavra para oferecer, o melhor é recorrer ao silencio.
Quando alguém se entristece por algo que dizemos ou por alguma ação nossa, sem que seja justa e oportuna a situação, sofremos, nós também, o efeito maléfico que causamos ao outro. Repito: Todo o cuidado é pouco. Orar vigiando é o melhor caminho a seguir.
Desejo que todo médium encontre pelo caminho pessoas dispostas a ajudá-los e que eles busquem, com honestidade e sinceridade, a ajuda que realmente precisam, fechando seus ouvidos a toda maledicência e seguindo pelo caminho de luz que a espiritualidade indica.
Anna Pon
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